COMO PLANEJAR SUA VIAGEM AO NEPAL

UM POUCO SOBRE O DESTINO

Localizado no Sul da Ásia, partilhando fronteiras com a China e com a Índia, anteriormente, governado como um reino, hoje o Nepal é uma República Federal Democrática conhecida pela sua requintada beleza natural, com os famosos Himalaias que atravessam o norte e o oeste do país. Oito das catorze montanhas mais altas do mundo, incluindo o Monte Everest, residem dentro das fronteiras do país. Embora o Nepal seja um país relativamente pequeno em comparação com os seus vizinhos, possui diversas paisagens surpreendentes, desde os Himalaias ao norte até as planícies úmidas de Terai ao sul.

A capital e maior cidade do país é Kathmandu. O antes relativamente misterioso Reino do Nepal hoje é o paraíso dos montanhistas e praticantes de trekking e outros esportes de aventura. Na alta temporada é fácil esbarrar com alpinistas. O rafting no Nepal é de altíssimo nível e é explorado através de expedições. As águas de degelo dos Himalaias e, principalmente, das monções descem vale abaixo em corredeiras poderosas com alto grau de dificuldade. Agora os templos hindus e as estupas budistas dividem espaço com lojas de equipamentos de esportes de aventura.

 

INFORMAÇÕES INTERESSANTES

 CAPITAL: Kathmandu

MOEDA: Rupia nepalesa (NPR)

IDIOMA: Nepalês

RELIGIÃO: Hinduísmo e o budismo

FUSO HORÁRIO: +9 horas em relação à Brasília

PRINCIPAIS CIDADES: Kathmandu, a cidade-lago de Pokhara e Lumbini (onde nasceu Sidarta Gautama, o Buda). Com uma população dividida em diversas etnias e majoritariamente hindu, o país ainda é muito pobre, porém tem uma população muito religiosa e feliz. No geral, é um país seguro, porém como em qualquer lugar do mundo é necessário atenção em pontos muito movimentos ou aglomerações de pessoas.

VESTIMENTA: O Nepal é um país muito religioso e conservador, ombros de fora e roupas acima do joelho são vistas como desrespeitosas, principalmente para visitas aos templos e ruínas locais. Tenha em mente que a viagem em setembro terá temperaturas mais altas e probabilidade de chuva, então opte por roupas confortáveis mas de tecidos leves, abaixo dos joelhos e com mangas e sapatos fechados. Tenha em mãos um lenço para colocar sobre os ombros durante as visitas aos templos e outros monumentos Patrimônio da Humanidade.

GORJETAS: O país não tem uma cultura forte em gorjetas para trabalhadores de restaurantes e hotéis. Porém devido à pobreza do país e aos salários extremamente baixos, ela será muito bem vinda e apreciada. Se o serviço foi bem prestado e você ficou satisfeito, aconselha-se uma gorjeta de aproximadamente 10% do valor da conta.

COMPRAS: O Nepal é um país relativamente barato e as compras podem ser realmente divertidas. Em Kathmandu há inúmeras lojas turísticas nas ruas principais. Cada local do país oferece um tipo de artesanato único. Bhaktapur, por exemplo, é o local ideal para comprar artigos em cerâmica. Patan já é mais conhecido para artesanatos entalhados em madeira. Para os fashionistas, em Kathmandu, no Durbar Marg é possível encontrar diversas marcas “trendy” locais e marcas premium.

ELETRICIDADE: A voltagem no Nepal é de 220V e utilizam tomadas iguais às utilizadas na Índia. Você deverá ter um plugue especial para se conectar às tomadas do país. Portanto um adaptador universal.

HIGIENE: É algo para se levar a sério. Não se deve tomar água de torneira e evitar comer saladas cruas e frutas com casca. Tudo é manipulado direto com a mão, não havendo muito cuidado com a higiene. Evite locais e alguns tipos de comida de rua. Sempre bom pensar no bom senso na hora de escolher o local para comer.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 

Brasileiros necessitam do passaporte com validade mínima de 06 meses com uma página em branco. Visto obrigatório pode ser solicitado na chegada ou previamente para a embaixada em Brasília. Para o visto no aeroporto de Kathmandu também é necessária uma foto 3×4 colorida e atual (fundo branco) para anexar no formulário entregue a bordo.

VACINAS: É obrigatória a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela emitido com pelo menos 10 dias antes do embarque.

MELHOR ÉPOCA DE VISITAÇÃO

 No Nepal, embora tenha um território relativamente pequeno, existe uma variação de clima devido ao seu relevo. No Sul, na fronteira com a Índia e mais plana tem um clima sub- tropical. Já na parte central é mais temperado e nos Himalaias é mais seco e frio. É possível viajar pelo Nepal em qualquer época do ano, dependendo da área visitada.

De junho a setembro (monções) – chuvas pesadas e baixa temporada.

De outubro a dezembro (pós-monções) – boa época para fazer rafting, com rios caudalosos, mas seguros. Um período muito agradável também para fazer caminhadas entre os vales e no alto dos planaltos.

De janeiro a março (inverno) – as temperaturas caem muito nos planaltos e nos Himalaias. Fortes nevascas e péssimas condições de estrada fazem desta época uma das piores para o turista.

De abril a junho (estação seca) – época mais seca e quente do ano, com temperaturas superando os 40 graus nas planícies e até mesmo em Kathmandu. No entanto, é a melhor época para a prática do hiking e para chegar até aos pés de montanhas como Everest/Lhotse, Kangchenjunga, Makalu e Annapurna, todas com mais de 8 mil metros de altura.

 

 MELHORES PASSEIOS

DURBAR SQUARE – Conjunto arquitetônico com quatro praças localizadas em frente ao antigo Palácio Real, em Kathmandu. Reúne diversos palácios e templos – as estruturas foram bastante afetadas pelo terremoto que atingiu o país em 2015 e a maior parte das rachaduras e pedras tombadas ainda estão à mostra.

SWAYAMBHUNATH – ou Templo dos Macacos. Esse complexo de estupas e templos budistas e hindus fica no alto de uma colina, de onde se tem uma excelente vista do Vale de Katmandu. Para chegar lá, além das escadas. Para os budistas tibetanos, essa é a segunda estupa mais sagrada de Katmandu, depois de Boudhanath.

PATAN – Com diversos templos e palácios, é impressionante, um conjunto de praças e pequenas vielas situadas no centro da cidade de Patan. Algumas de suas atrações é o antigo Palácio Real, Templo de Taleju, Hiranya Varna Mahavihar, um templo budista conhecido localmente como “Templo Dourado”, entre outros monumentos.

BHAKTAPUR – Por estar mais afastada das outras cidades, a cultura local desenvolveu-se de maneira distinta em relação a Catmandu e Patan. Suas estreitas ruas medievais evocam tempos antigos – a boa preservação dos prédios ajuda na aclimatação. Templos e os entalhes em madeira fazem a fama do local.

BOUDHANATH – o maior templo budista do Nepal. A maciça estupa é considerada uma das maiores em toda Ásia. Atualmente, o entorno de Boudhanath é ocupado pela comunidade tibetana, com suas casas típicas e mosteiros.  Região do Annapurna – Caminhada mais famosa do Nepal, que atrai a maior parte dos trilheiros de plantão, o Circuito Annapurna não deixa a desejar. Ao fazer o circuito completo, é possível deparar-se a cada dia com um cenário diferente, passando de verdes gramados a rochosos e áridos terrenos em poucas horas: tudo sob a vista imponente dos Himalaias.

LUMBINI – A cidade natal de Siddharta Gautama, o Buda, é uma das principais atrações espirituais do Nepal, atraindo uma gama de turistas em busca da origem do budismo. A cidade é parte do patrimônio da Unesco e inspira um ar de tranquilidade representativo daqueles que visitam o local, sendo também um destino de peregrinação.

POKHARA – É também a segunda maior cidade do Nepal, mas é uma alternativa mais tranquila e é conhecida pelos guerreiros Gurkha e pela proximidade da montanha Annapurna é ponto de partida para muitos aventureiros. Da cidade, ainda tem a vista impressionante dos picos nevados de algumas das maiores montanhas do mundo: Dhaulagiri, Manaslu e Annapurna.

Parque Nacional de Chitwan – A maior reserva nacional do Nepal, onde o clima tropical domina e a aventura é fazer um safári. Chitwan significa “Coração da Selva” e resume bem o que pode se esperar do lugar: muita vida selvagem. Passeios são organizados e podem ser feitos a pé ou, o que é mais comum, com elefantes, de forma a ficar mais próximo dos animais.

BASE DO EVEREST – Chegar aos pés da mais alta montanha do mundo é certamente uma das atrações imperdíveis do Nepal. Não apenas pelo superlativo de ver de frente essa poderosa e gigantesca montanha, mas por todo o percurso que se faz até chegar lá. Seus 8.848 metros impressionam e atraem muitos turistas. Para fazer a caminhada é recomendado contratar guias e ter um bom preparo físico: encarar a trilha e as altitudes pode ser bastante exigente – o acampamento base em si fica a 5.364 metros do nível do mar.

 

COMIDINHAS TIPICAS

Começamos a imaginar uma culinária diferente e deliciosa para equilibrar essa altitude, o frio, e dar muita energia. O curry é um tempero bem conhecido por toda a Ásia, dando aos diversos países desse continente renomados pratos deliciosos. Mas mesmo sendo um tempero em comum, cada país tem seu segredinho de chef para nos presentear com uma explosão de sabores. No Nepal o frango com curry é uma das boas pedidas.

Dos pratos típicos, dois se destacam: o dal bhat , uma porção de arroz (bhat) cozido e servido com creme de lentilhas (dal); e o os momos, tipo de pastéis cozidos no vapor ou fritos, e recheados com vegetais, carne de búfalo ou de frango. A massa leve e delicada é combinada com várias especiarias, como gengibre, coentro e cebolinha, dando um sabor de fato muito gostoso.

CURIOSIDADES

  • Reste, a montanha mais alta do mundo, está no Nepal (a outra parte está no Tibete, China). Com 8848 metros de altitude, o Evereste faz parte dos Himalaias, a mais alta cadeia montanhosa do mundo, que atravessa cinco países: Índia, China, Butão, Nepal e Paquistão;
  • O Nepal é o único país no mundo a possuir uma bandeira com uma forma não retangular. Os dois triângulos que dão forma à bandeira representam as montanhas do Nepal e as duas principais religiões do país: o Budismo e Hinduísmo. Você verá ‘Sadhus’, monges nômades que renunciam a todo o tipo de bens materiais, e se dedicam exclusivamente à vida religiosa, viajando de templo em templo;
  • Os ‘Sherpa’ são uma das várias etnias que se encontram no Nepal. São um povo nômade, que vive nas montanhas e que os milhares de turistas, que procuram o país para fazer caminhadas ou alpinismo, conhecem bem. Com o organismo mais habituado à altitude, os ‘Sherpas’ são contratados pelos visitantes para os ajudarem a carregar as mochilas, interessante não é mesmo?

Gostou? Então bora lá montar essa viagem mais que especial.